Apresentação

O curso de Extensão (online e gratuito) tem o objetivo de apresentar as contribuições de antropólogas negras e negros pouco conhecidos do público acadêmico brasileiro e cujas obras têm sido redescobertas nos últimos anos. A partir de diferentes estilos, métodos e teorias, cada um desses intelectuais desenvolveu perspectivas antirracistas acerca de temas fundamentais às ciências humanas e ao estudo da questão racial no continente africano e nos países da diáspora. 

Prof. Dr. Messias Basques e coordenação do Prof. Dr. Rolf Malungo.

contato: cursovozesnegras@gmail.com

Informações 
Programação 
30/09/21. Abertura: Grada Kilomba (Portugal) – “Quem pode falar?”


KILOMBA, G. (2008/2020). Quem pode falar: falando do centro, descolonizando o conhecimento. In: Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, pp. 32-46. PDF 

07/10/21. Joseph-Anténor Firmin (Haiti): pioneiro da antropologia antirracista    


FIRMIN, J.-A. (1885/2002). “Prefácio” e “Antropologia como uma disciplina”. In: A igualdade das raças: antropologia positiva. Urbana & Chicago: University of Illinois Press, pp. iii-ix, 1-14. PDF

14/10/21. Manuel Raymundo Querino (Brasil): artes e costumes africanos no Brasil


QUERINO, M.R. (1918/1980). O colono preto como fator da civilização brasileira. Afro-Ásia, n.13, p.143-158. PDF 

21/10/21. Zora Hurston (EUA) e Manuel Z. Olivella (Colômbia): etnografia e literatura das populações afro-latino-americanas


HURSTON, Z.N. (1950/2019). O que os editores brancos não publicarão (Tradução) / Zora Hurston e as luzes negras das Ciências Sociais (Texto de apresentação - Messias Basques). Ayé: Revista de Antropologia, 1(1), pp.102-111. PDF
__________. (2021). Fire!!! Textos escolhidos de Zora Neale Hurston (Edição Especial). Ayé: Revista de Antropologia, organização Recânone UFRN. PDF
ZAPATA OLIVELLA, M. (1988). Negritude, indianidade e mestiçagem na América Latina. Présence Africaine, (145), pp.57-65. PDF 

28/10/21, quinta-feira. Jean Price-Mars (Haiti): cultura, poder e negritude 


PRICE-MARS, J. (1956). Sobrevivências africanas e dinamismo da cultura negra através do Atlântico. Présence Africaine, (8/10), 272-280. PDF 
_________. (1966). A posição do Haiti e da cultura francesa na América. Journal of Inter-American Studies, 8(1), pp.44-53. PDF 

04/11/21. Katherine Dunham (EUA), Marlene Cunha (Brasil) e Pearl Primus (EUA): dança e religiosidade na diáspora africana


DUNHAM, K. (1979). Carta aberta aos teatros negros. Black Scholar, 10(10), pp.3-6. PDF 
CUNHA, J. A. de O. (2017). Em busca de um espaço: a linguagem gestual no candomblé - À memória de Marlene de Oliveira Cunha. Cadernos de Campo, 26(1), 15-41. PDF

11/11/21. Edison Carneiro (Brasil) e o estudo das relações raciais


CARNEIRO, E. (1968). O negro como objeto de ciência. Afro-Ásia, 6-7, pp.91-100. PDF

18/11/21. Jomo Kenyatta (Quênia): da antropologia à política


KENYATTA, J. (1938/1961). “Prefácio” e “Conclusão”, In: Facing Mount Kenya, pp.xv-xxi, 309-318. PDF

25/11/21. Lélia González (Brasil): o feminismo negro e a amefricanidade


GONZALEZ, L. (1980/2018). “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: Por um feminismo afro-latino-americano. São Paulo: Cia. das Letras, pp. 62-77. PDF

02/12/21. Safi Faye (Senegal): a antropologia e o cinema etnográfico


FAYE, S. (1996). Mossane. Senegal, 105 minutos (filme). Filme com legendas
SACRAMENTO, E. (2019). Safi Faye: Cinema e percurso. Revista Cantareira, 25, pp.88-95. PDF

09/12/21. Archie Mafeje (África do Sul) & Leith Mullings (Jamaica): por uma antropologia antirracista


MAFEJE, A. (1971/2020). A ideologia do tribalismo. Pontos de interrogação: revista de crítica cultural, 10(2), pp.253-265. PDF
MULLINGS, Leith. Interrogando el racismo. Hacia una Antropología antirracista. Revista CS, vol.12, 2013, pp.325-374. PDF

Período de inscrição: 17 a 24/09, 50 vagas.

Aulas de 30/09 a 09/12, às quintas-feiras, das 19h às 21h (Google Meet)

Público alvo interno: discentes de graduação e pós-graduação em Humanidades e áreas afins; docentes; técnicos; terceirizados. Público alvo externo: discentes de graduação e/ou pós-graduação em Humanidades e áreas fins; docentes; comunidade não-acadêmica. 

Certificado/Critério de Aprovação: Mínimo de 75% de frequência obrigatório.